terça-feira, 9 de novembro de 2010

Palpite

Contemplei toda a dimensão de um céu com seu fundo laranja. Redigi em pensamento palavras que em  descrição, somente, parecessem invejáveis. Afinal, nossa percepção requer muito da aparência das coisas.

Assim como te dizem que existe alguém velho, barbudo e com o poder da criação te vigiando e espreitando seus caminhos, há pessoas que ironizam a obediência de outras por tal comportamento em relação à essa cultura ideológica. Como? Algumas sentido-se sozinhas e perdidas; Outras compreendendo fatos que, particularmente, concordo.

Vejamos os lados que praticamente criam uma guerra de verdades, poluindo e criando receio sobre a tão importante intuição.

Por uma lado, há quem diga que somos filhos. Há também os que digam que viemos do barro. Alguns que jurem que surgimos de uma simples ordem. Entre muitas versões, todas agregam seus direcionamentos para um único ícone de sustentação. Sim, Ele. Porém não se engane com a palavra, que entre seus milhões de sentidos inventados para uso de diferentes crenças, perdeu-se na mesma guerra de que falo. Ela apenas representa o quão vasto é o universo da diferença entre representações de alguém que precisa de "companhia" ou razão, para o que quer que seja. Pois para muitos que assim pensam, a pergunta: "De onde viemos?" não possui outra resposta senão aquela que sustente sua compreensão. E como sabemos, essa resposta ganha o mesmo nome da tão pronunciada palavra.



Ah... quantas vidas e anos esse ideal custou para se estabelecer. O conceito "Deus" e sua origem tem início desde que o homem e sua ignorância desconfiada ergueram a classe dominante do planeta. Participando de incontáveis conflitos em que a dualidade de opiniões sobre esse novo ser que ganhava vida foi multiplicada, foi criado um sujeito, com uma referência e uma razão, para resumir a grande questão que ninguém saberia responder: aquela velha pergunta. Mas o que não esperávamos é que, dependendo do onde uma criança nasça hoje, talvez ela não possa se fazer a mesma pergunta não respondida por toda a humanidade.A pergunta que ao dormir e acordar, você sabe que ainda não está esclarecida. Todos sabem do grau de que falo. É o grau de profundeza que essa dualidade poluída criou e se espalhou pela civilização. Um exemplo mais claro, é um pai que não permite que a filha se envolva com outra criança, pois ela pertence a outra RELIGIÃO.

Pronto. Toquei na ferida. Para os que provavelmente já viram essa palavra oculta entre o texto acima sabem que é isso é uma verdade inegável. A complexa e ao mesmo tempo simples pergunta que pode criar um império de especulações e "verdades" deixou ao o homem uma forte afirmação: Somos tão frágeis à um pensamento, que somos feitos do próprio. Por favor. Se você me puder provar o contrário, governe o mundo.

Poderia citar mais de 10 exemplos do que falo. Mas sei que não seria digno de nenhum reforço para minhas citações, pois cada um que aqui leu esses parágrafos e pensamentos de alguém que gosta de desafiar um horizonte sabe de muitos outros. Afinal, cada um constrói sua própria verdade.




--------------------------------
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."





Um comentário:

  1. Estou surpreso com a nítida evolução de seus textos. Ótima construção de frases e expressão de opinião.
    Continue assim e faça Jornalismo.

    ResponderExcluir